terça-feira, 2 de agosto de 2011

Média de público deveria ser critério para rebaixamento

Sempre que converso com meu padrinho, Jurandir, ele defende o uso da média de público como critério de rebaixamento no campeonato brasileiro. Eu nunca concordava com ele, mas agora estou começando a achar que ele está certo.

Quando vejo o público de jogos do América, por exemplo, fico assustado. No último jogo do América contra o Coritiba, foram 700 pagantes. Já em um jogo pela série D, onde o mandante era o Santa Cruz, tivemos um público de mais de 45 mil pessoas.

Não tenho nada contra o América, sei que é um time de tradição aqui em Minas Gerais. Só que é um time que não tem torcida, ou então a torcida não comparece.

Não foi bem esse o fator que me fez mudar de idéia. O que me fez considerar a idéia de usar a médica de público no rebaixamento foram esses times que mudam de cidade. Em São Paulo tinha o Grêmio Barueri. Um time que vinha forte, subindo de divisões. Quando menos se espera, o time muda de cidade e passa a se chamar Grêmio Prudente.

A mudança aconteceu, todo mundo teve que aceitar, tudo bem, é um time que não tem torcida. De repente, com uma canetada apenas o time voltou para a cidade de Barueri e adotou seu antigo nome, Grêmio Prudente.

Sinceramente nunca imaginei que veria isso no futebol. Nem tivemos tempo de nos acostumar com a idéia e outro time de São Paulo muda de cidade e de nome. O Guaratinguetá mudou para a cidade de Americana e adotou o nome da sua nova casa.

Até ai eu ainda estava aliviado, essa aberração só acontecia em São Paulo. Doce ilusão. O glorioso Ituiutaba, recém promovido a segundo divisão do campeonato brasileiro, decidiu mandar seus jogos na cidade de Varginha. Ta certo, era uma mudança necessária. O estádio da Fazendinha não tinha capacidade para jogos da série B. E ai como que num passe de mágica, o Ituiutaba passou a se chamar Boa Esporte.

Agora me digam uma cosia. Times como esses, que mudam de cidade de nome, têm expectativa de conquistar novos torcedores? Com certeza não. Enquanto vemos esses times itinerantes (termo usado pelo jornalista Mauro Cesar, da ESPN) na primeira e segunda divisão do nosso campeonato, vemos o Santa Cruz na série D, Juventude na série C, levando um grande número de torcedores ao estádio.

Não estou sugerindo aqui uma virada de mesa e nem algo parecido. O que penso apenas é que o regulamento deveria ser mudado e a média de público colocada como critério de rebaixamento. Não sei ao certo como seria, alias, isso não é trabalho meu. A CBF que deveria pensar nisso, mas fica aqui a sugestão.

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