quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tristeza que não tem fim

Já virou rotina eu escrever falando dos erros do atlético, mas infelizmente não tem outro jeito. Hoje foi mais um dia de tristeza para os torcedores atleticanos. Perdemos em casa, de forma vexatória. Uma goleada de 4x0 para o Internacional. A apatia do time é notória. O time entra em campo sem vontade, sem amor a camisa e sem se preocupar em manchar a tradição do clube.

O que eu vi em campo hoje foi simplesmente ridículo. Mais uma vez o time foi escalado errado. Porque insistir com o Patric? Péssimo jogador. Não acerta um cruzamento, não vai à linha de fundo e não marca ninguém. O Daniel Carvalho nunca entra em forma e ainda é colocado como o único jogador para armar as jogadas de ataque. O Magno Alves é jogador de banco, não tem capacidade para ser titular do atlético. O Serginho fala de mais, mas na hora de jogar mesmo ele afina.

Pagar sete milhões de euros pelo Guilherme é uma imbecilidade sem tamanho. Os dirigentes do Dínamo devem estar rindo de nos atleticanos. O Renan Ribeiro precisa “esquentar” o banco por um tempo. O Leonardo Silva não está jogando nada, fico pensando, porque o Cruzeiro não o procurou para renovar o contrato?

Por fim, a lateral-esquerda. O Leandro não devia nem ter vindo. Agora esse Guilherme Santos passou dos limites. Não ta jogando nada, foi expulso e ainda quer xingar o torcedor. Tudo tem limite. E a minha paciência também tem limite. Não aguento mais esperar algo do Kalil. Ele fala de mais, aparece e no fim das contas, nada acontece.

Sei que ele acertou a parte administrativa do Atlético, mas o nosso clube não é um banco ou uma empresa qualquer. O Galo vive do futebol, se não tivermos um time competente, não chegaremos a lugar nenhum. De que adianta ser considerado o clube mais rico do país? De que adianta ter o melhor o CT do país? O Fluminense foi campeão ano passado e não tinha um centro de treinamento.

E assim vamos. Sofrendo, chorando e com a certeza que temos que mudar. Agradeço muito ao Dorival Júnior. Ele nos salvou do rebaixamento ano passado, mas esse ano não conseguiu fazer um bom trabalho. Não adianta insistir com algo que não está dando certo. Ou será que o Alexandre Kalil se esqueceu do Luxemburgo? Acorda Kalil! O Galo é eterno e você não tem o direito de maltratar o clube e nem a torcida. Ou você toma a decisão de mandar o Dorival embora e buscar o Levir Culpi ou então você sai do Galo.

O certo é que do jeito que está não dá pra continuar. Foram oito gols em dois jogos. Não digo isso apenas pelas derrotas, mas pela forma como foram os jogos. Atuações apáticas do time, sem o menor interesse em honrar as cores do Clube Atlético Mineiro. Um time que tem a torcida que o Galo tem não pode passar por isso. Não merecemos esse tratamento. Mudanças têm que acontecer e já, se não poderemos reviver o triste ano de 2005.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A vida e a morte do Dr.Morte



Jack Kevorkian, nascido em 26 de maio de 1928. Único filho de um casal armêno refugiado nos EUA. Aos 17 anos terminou o segundo grau e ingressou na faculdade de medicina. Formou-se como médico patologista.

Nos anos 60 Jack começou a defender que os presos condenados a morte fossem anestesiados e submetidos a várias experiências, retiradas de órgãos e outras coisas. Kervokian tinha um interesse enorme pela morte. Esse fascínio vinha desde a sua residência. Ele fotografava os olhos dos pacientes mortos. Foi nesse período de sua vida que ele ganhou o tão famoso apelido de “Dr. Morte.”

Mas foi na década de 1980 que o apelido se tornou conhecido. O Dr. Morte realizou a primeira eutanásia. No ano de 1988 Jack inventou uma máquina que aplicava os medicamentos letais em seus pacientes. A máquina era controlada pelo próprio doente, deixando a cargo dele a hora de se matar.

Kervorkian foi indiciado pelo chamado suicídio assistido, mas em 1990 foi inocentado da primeira acusação. Em 1991 sua licença médica foi cassada. Isso não o impediu de continuar com a prática da eutanásia, só precisou mudar sua técnica. Ele passou a usar monóxido de carbono.

Muito se questionava sobre as atitudes do Dr. Morte. A prática do suicido assistido era um assunto polêmico, e se tornou mais polemico quando Jack praticou a eutanásia em sua paciente Rebecca Lou Badger, de 39 anos. Kervokian afirmou que ela tinha esclerose múltipla, mas nada foi encontrado na autopsia.

A partir daí levantou-se uma questão: Kervorkian ajudava apenas os pacientes em estado terminal ou qualquer pessoa que quisesse se matar? Dizem que anos depois, alguns pacientes do Dr. Morte não estavam em estado terminal e sim sofrendo de uma depressão profunda.

O ponto mais polêmico da história de Jack Kervokian foi o suicido assistido do paciente Thomas Youk. Ele sofria com a síndrome de Lou Gherig. Nesse procedimento foi utilizada a máquina da morte, mas foi o próprio Dr. Kervorkian que acionou a máquina. Não bastasse isso, Jack filmou todo o procedimento e levou a fita para o programa jornalístico 60 minutos.

Jack foi preso e julgado. Durante o julgamento, Kevorkian dispensou seu advogado e atuou como seu próprio defensor. A idéia do médico era ser condenado e assim levar seu caso ao Supremo Tribunal. Seu plano foi por água abaixo. Sim, ele foi condenado, mas não conseguiu apelar da decisão. A sentença foi de 25 anos, dos quais ele cumpriu apenas nove.

Depois de sair da prisão, Jack passou a dar palestras pagas em universidades e ainda tentou uma candidatura ao senado. A sua campanha foi um fiasco. Jack discutia com alguns eleitores, dizia que não queria eles ali. No final aconteceu o que todos sabiam, Kevorkain perdeu. Ele dizia que não queria ganhar, mas queria tornar conhecida a 9ª emenda da constituição americana.

Jack Kervokian morreu na última sexta-feira, três de junho de 2011. Ele tinha 83 anos. De acordo com amigos a morte do Dr. Morte foi tranquila e ele não sentiu dor.