quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fechar o bar

(luiz alfredo motta fontana)



A mesa

ao canto

o murmurinho em delicado estéreo


O garçon ao alcance do aceno

o uísque tomado em horas

vagarosamente

no ritmo do gelo


O murmurinho cresce

em agudo quadrifônico


A estratégia permanece

o canto resiste inacessível

além do incômodo

aquém do estorvo


O murmurinho por fim se cansa

as mesas rareiam...


- é doce fechar o bar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário