sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vale a pena apostar em técnicos que só tem nome?

Existem algumas coisas no futebol que me assustam. Times contratando jogadores sem futuro, indisciplinados e sem nenhuma vontade de ser profissional. Além de jogadores, virou moda contratar técnico apenas pelo nome. A bola da vez é o Paulo Roberto Falcão.

Ninguém pode falar uma vírgula sobre o Falcão como jogador. Ele foi craque no sentido exato da palavra. Jogou futebol com classe, como poucos já fizeram. Teve uma carreira de sucesso e sem nenhuma mancha.

Teve uma carreira como comentarista na TV Globo. Podemos dizer que foi uma carreira sólida. Eu não curtia muito assistir jogos comentados pelo Falcão, mas não poso negar que ele sabia exercer essa função.

O que me assusta mesmo é o time que decide contratá-lo como treinador. O que ele fez de bom como técnico? Teve chance na seleção brasileira e nada. Chegou a ser vice-campeão da Copa América e só. Depois Falcão, teve uma oportunidade no América do México, onde conquistou a Copa Interamericana em 91 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em 92.

Em 1993 assumiu o Internacional e teve uma passagem discreta. Entre 1994 e 1995 treinou a seleção do Japão. No ano de 2011, Falcão voltou a comandar o Internacional e mais uma vez fez um trabalho fraco. Venceu o campeonato Gaúcho, mas foi eliminado na Libertadores, em casa, pelo Peñarol.

Acho que deu para ter uma ideia de como o Paulo Roberto Falcão é fraco como treinador. Aliás, acho que é público para muita gente, menos para alguns dirigentes de clubes. O presidente do Bahia não deve perceber isso, já que contratou o Falcão.

Sem nenhum tipo de “bairrismo”, nem paixão por outro clube, o Bahia não é um time grande. Tem uma torcida enorme, isso é fato, mas o time é médio. Somado a isso, temos o fato de o Bahia não ganha um título importante há muito tempo.

E de repente o presidente vem e anuncia o Falcão como salvação para o time. Posso estar enganado e o Falcão levar o Bahia ao título. Sim, posso, mas duvido que isso irá acontecer.

Contratar treinadores por causa do nome apenas é burrice. O que o time do Bahia precisa é de resultado e não de marketing. O futebol vive de vitórias, de títulos e de paixão. Marketing ajuda, mas não é o mais importante.

Deixo claro mais uma vez, que não tenho nada contra o Falcão. Respeito à história dele como jogador e craque que foi, mas existem dois lados desse história. O lado do técnico e o lado do jogador.

Usei o Falcão como exemplo aqui, mas existem vários “nomes” no mercado que não acrescentam nada. Estão trabalhando apenas com o passado, porque o futuro já era. Quem apostar em treinador que só tem nome vai jogar o próprio nome na lama.

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