sexta-feira, 16 de março de 2012

A dama de ferro

O filme “A dama de ferro” não tinha chamado minha atenção quando foi lançado. Não tive o menor interesse em assistir. Eu pensava que o filme seria chato, sem muita coisa interessante e nunca fui muito ligado em filmes desse estilo.

Depois do Oscar eu fiquei um pouco intrigado. Ao ver a transformação da excelente atriz Meryl Streep, comecei a me interessar pelo filme. Foi mais forte que eu. Fui assistir ao filme, mesmo achando que não seria nada de muito interessante.

Eu li em algum lugar que “A dama de ferro” é um ensaio sobre a velhice. Acho que essa foi a melhor definição que vi sobre o filme.

O olhar sobre a personalidade de Thatcher é bem equilibrado e condiz com a realidade. E a interpretação de Meryl Streep deixa claras as características positivas, sem deixar de mostrar a dificuldade que a ex-primeira ministra tinha em ouvir outras pessoas, em fazer concessões e a necessidade de manter um controle excessivo do poder, acabando às vezes por humilhar as pessoas ao seu redor.

O longa vai mais além e mostra a triste parte da perda do poder , a solidão e o vazio que se torna a vida da dama de ferro. Depois de uma vida de luta para chegar ao topo, Margaret Thatcher se vê de mãos atadas, até mesmo para cuidar de sua própria vida.

A política é pano de fundo nessa narrativa. Mas os fatos históricos e de extrema importância na carreira política de Margaret são retratados, principalmente a crise econômica e social de 1970 e a guerra das Malvinas.

Fazendo uma análise fria, o filme é bom. Nada, além disso. O que chama atenção é a transformação feita em Meryl Streep para que ela ficasse parecida com a ex-primeira ministra e a atuação da atriz.

Sim! A atuação de Meryl Streep foi digna de um Oscar, diria que foi digna até de dois. Foi um desempenho perfeito. Ao final do filme me questionei: Será que essa atriz não é a verdadeira Margaret Thatcher?

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